O MUNDO PRECISA DE MÃES DE VERDADE!

10 de Maio

O MUNDO PRECISA DE MÃES DE VERDADE!

Mexendo nos meus arquivos, descobri um texto que escrevi por ocasião do dia das mães no ano de 2013. Nele, fiz algumas considerações a partir da proposta de Winnicott (1896-1971), que foi um pediatra e psicanalista inglês.

Segundo sua tese, o melhor que uma mulher real pode fazer pelo filho é ser, no começo, suficientemente boa em termos sensíveis, de tal modo que, desde o início a criança possa ter a ilusão que a mãe suficientemente boa é o seio bom, ou seja, aquela que se contitui capaz de favorecer segurança emocional para o filho.

Ele nomeia como mãe suficientemente boa, aquela que dá ao filho mecanismos suficientes para ele crescer e se desenvolver afetivamente, em um ambiente acolhedor e tranquilo.

Defende ainda que, a personalidade do indivíduo é formada através das experiências da infância. Logo, o papel da mãe é fundamental!
É sabido que todas as teorias nunca darão conta das reais angústias vivenciadas pelos pais, que se deparam com o pequeno ser indefeso, mas cheio de atitudes, necessidades e solicitações.

O filho sereno, calminho fica apenas no sonho, pois o filho real reivindica e demanda muitos aspectos para os quais os pais precisam estar preparados. Que desafio!
É assim que ocorre no desenvolvimento humano como um todo, isto é, as crianças crescem, entram na adolescência e continuam sinalizando. Na fase adulta o sujeito aponta a todo o momento seus traços de personalidade e comportamentos.

O crescimento não é apenas físico e biológico. Há, no desenvolvimento, o crescimento moral, ético, intelectual e espiritual sendo lapidado e transformado de acordo com as necessidades e demandas. Filhos sempre serão filhos.

E, independentemente, de que faixa etária estejam, estarão ensinando aos pais e aprendendo com eles. Através da relação de troca, amor e divergências, o ser humano amadurece. E a maternidade é um instrumento de Deus para abençoar pessoas. Portanto, uma mãe de verdade ama e não abre mão de lapidar o comportamento do filho.

Achar esse ponto é o grande segredo! Uma mãe de verdade jamais se isenta da responsabilidade de ensinar ao filho o caminho em que deve andar. Isso tem a ver com todos os aspectos que constituem o sujeito. Uma mãe de verdade sonha uma vida independente para o seu filho e não a dependência.

Por isso, mãe boa é aquela que se propõe a ensinar a vida. Louvo a Deus porque a minha me ensinou a vida! Uma mãe de verdade não se preocupa tanto em satisfazer as vontades de seu filho como se preocupa em satisfazer as necessidades dele. Sua primeira preocupação não é ser amada, mas é ser respeitada. Afinal, não se pode amar quem não é respeitado. Infelizmente, muitas mães, no afã de serem amadas, não conseguem desagradar seus filhos.

Pelo contrário, estão sempre atendendo seus desejos. Isso é um erro grave! A mensagem que passam com tal postura é a de que o filho sempre pode tudo.

Quando ele se depara com o mundo real, torna-se frustrado, pois o mundo real não mima ninguém! 
Muito bem, pressupondo que há mães em início de carreira e mães em fim de carreira lendo essa pastoral, concluo afirmando que não importa onde você se encaixe, seja capaz de dar ao seu filho aquilo que ele precisa para ser feliz, ou seja, ensine-o a ser responsável pela própria vida, a amar a Deus e ser alguém! Quando isso estiver feito, então sua missão terá sido cumprida. Pense nisso e seja uma mãe de verdade!

 
Pr. Marcelo Petrucci da Silva.