CORAÇÃO É TERRA QUE NINGUÉM VAI. MAS EU GOSTARIA DE IR!

24 de Agosto

CORAÇÃO É TERRA QUE NINGUÉM VAI. MAS EU GOSTARIA DE IR

Tenho ouvido, frequentemente, há anos, a expressão: “CORAÇÃO É TERRA QUE NINGUÉM VAI”. Trata-se de um dito popular no qual fica claro que o coração é individual.

Nunca é demais lembrar que individual vem de indivíduo, termo que, etimologicamente, está ligado à expressão latina “INIDIVISO”, que, literalmente, quer dizer: “aquilo que não pode ser dividido”.

Portanto, afirmar que coração é terra que ninguém vai é o mesmo que afirmar que por se tratar de um “terreno” particular, é de competência de cada um (indivíduo). Não há qualquer possibilidade de intervenção. Cada um é livre e, igualmente, responsável por aquilo que cultiva em seu coração.

Mas como declarei, eu gostaria de ir! Não propriamente na condição de bisbilhoteiro, e sim, de conselheiro. Minha intenção é, simplesmente, mostrar que a exemplo da terra, o coração, caso não seja bem cuidado, fica seco e improdutivo. O que pode significar abrir espaço para ser habitado por abutres que estão ali por causa da “carniça” que cheira longe!
Muito bem, diante disso, eu declaro em tom de conselho:

 
1) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a jamais deixar que um mal entendido ganhasse status de problema real, pois nem tudo que parece é, de fato, um desastre;

 
2) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a nunca trocar pessoas permanentes por pessoas passageiras;

 
3) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a não perder tantas noites de sono com os problemas, pois aquilo que tem solução tende a se resolver e aquilo que não tem solução, não mudará por causa de uma noite mal dormida;

 
4) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a valorizar mais quem está vivo do que quem já morreu. Não que os mortos devam ser esquecidos. Mas os vivos estão aqui e precisam ser honrados enquanto ainda têm condições de curtir isso;

 
5) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a não se aborrecer com pessoas infelizes, pois elas estão apenas externando o que povoa o seu próprio coração. Pessoas feridas, ferem. Pessoas magoadas, magoam. Pessoas problemáticas, criam problemas e assim sucessivamente;

 
6) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a cuidar de coisas importantes enquanto é tempo como a saúde física e emocional, como a família, como as amizades, como a vida com Deus que gera salvação;

 
7) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a não invejar ninguém, pois a maioria dos que invejamos, a maioria é apenas fachada. Por dentro, há muita gente podre que se esconde atrás de uma estampa de felicidade;

 
8) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a não levar tão a sério o que os outros dizem no momento da raiva, pois revelam “picos” de desequilíbrio que passam e podem ser reparados;

 
9) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a não tirar conclusões precipitadas. Isso é característica de ansiedade que, infelizmente, não acrescenta nada de bom em nossa vida;

 

 
10) Se eu pudesse ir até o coração das pessoas, as aconselharia a viver, abundantemente, enquanto isso é possível. A única maneira de viabilizar isso é entregando a vida à Jesus que nos dá paz, realização e salvação eterna.

 
Enfim, embora eu não possa ir até o coração das pessoas com poder de intervenção, o faço como conselheiro. E nesta condição, entendo que há aspectos, acima tratados, que podem ajudá-lo a construir uma vida mais saudável e feliz. Sei que não tenho o direito, mas se tivesse, diria: NÃO AZEDE SEU CORAÇÃO. ELE PRECISA SER FELIZ! Pense nisso! 

 

Pr. Marcelo Petrucci da Silva.