Casos de Chikingunya em Minas já são 4 vezes mais do que em 2016

Enquanto as atenções de autoridades sanitárias e da população mineira se voltam para a febre amarela silvestre, que já registra 110 mortes no estado neste ano, outra doença explode silenciosamente, sem encontrar, na avaliação de especialistas, resposta adequada.

Esta semana, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou a primeira morte investigada por febre chikungunya na história de Minas, em meio à disparada do número de casos notificados da doença. Neste ano, até a última segunda-feira, foram 2.296 registros de chikungunya – número que já é mais de quatro vezes maior que o contabilizado ao longo de todo o ano de 2016, quando houve 501 notificações e pela primeira vez verificaram-se casos autóctones da doença – ou seja, de contaminação dentro do próprio estado.

Sem vacina e com controle precário do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença e também a dengue, a zika e a febre amarela, especialistas projetam um cenário de risco, com ameaça de sérios impactos nos serviços de saúde e de previdência, já sobrecarregados.